segunda-feira, 6 de abril de 2009

fim de semana no campo

São curiosos os contornos da distinção entre o campo e a cidade...mas são as fronteiras dos sentidos que marcam a diferença.
Moro, rodeada de campo mas, na maioria das vezes, esqueço-me que estou no campo.
Uma ida de fim de semana para fora de Lisboa, curiosamente para uma vila desenhada de raiz (Stº André) a pretexto do complexo industrial de Sines, fez-me sentir verdadeiramente no campo.
Porque estar no campo não são só cheiros e explosões, vegetais e animais, de Primavera.
Para me sentir no campo preciso de deixar escorregar o tempo, de fazer coisas que não costumo, de me sentir mais próxima do meu ritmo biológico, de pensar sobre as pessoas e as coisas, de dormir e comer bem, de rir e conversar muito...aí sim, com campo ou sem campo, sinto-me no campo.
Este é um «campo» metafórico (que, ás vezes, coincide com o real) onde a possibilidade de construir momentos felizes, se amplia. Se, pelo caminho, colher pedras, pinhas e rosmaninho, tanto melhor.
Viva o campo!

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