sexta-feira, 27 de agosto de 2010

A que cheira a dor?

Perder alguém muito querido é muito doloroso.
Perdi a minha mãe recentemente e já tinha perdido o meu pai, com apenas 27 anos.Sou filha única e o meu genograma, por diferentes motivos, está cheio de mortes de ambas as famílias de origem dos meus pais.
Estou agora a tentar elaborar o luto pela perda da minha mãe que foi o maior pilar da minha vida e também a tentar gerir um sentimento de orfandade, muito difícil de gerir.
Estas crises fazem um abalo estrutural e não parece possível viver como se estes acontecimentos não tivessem acontecido, por mais que o tenhamos de fazer. Aparentemente.
Abrem-se brechas nas convicções e, de repente, questiono-me sobre muitas coisas, inclusivé sobre a minha morte, a minha velhice, o que deixo - de material e de imaterial...
Tenho tantas saudades da minha mãe!

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